domingo, 7 de abril de 2013

Advogado tenta evitar júri de assassino de travesti

CRIME DE 2010 CHOCOU O VALE DO AÇO. O EX-PRESIDIÁRIO RONEY DE OLIVEIRA BRAMUSSE, QUE JÁ HAVIA MATADO A PRIMA ANOS ANTES, CONSEGUIU FUGIR, MAS FOI CAPTURADO EM ESPERA FELIZ


AKR

Roney foi preso em Espera Feliz em abril de 2011
DA REDAÇÃO – Ainda não há data para o julgamento de Roney de Oliveira Bramusse, 36 anos, acusado do assassinato de Ronaldo Sabino de Lima, travesti conhecido como ‘Raíssa’, no dia 9 de novembro de 2010, num motel de Coronel Fabriciano.  Ele foi preso em abril de 2011, na cidade de Espera Feliz, próximo a Manhuaçu, depois de fugir da cena do crime. Já havia sido condenado a 19 anos pelo bárbaro assassinato de uma prima, em Coronel Fabriciano, e estava em regime semiaberto quando houve o outro homicídio. Roney pode ter que cumprir outra pena entre 6 e 30 anos de prisão. Contudo, sua defesa recorre para que desta vez ele não vá a júri popular.


O processo ainda está longe de ser concluído. No dia 18 de outubro, foi dada a Sentença de Pronúncia, o que colocaria o réu para ser julgado por um júri popular. Esta sentença conclui que há indícios que determinam a autoria e materialidade do crime. Testemunhas comprovaram que Roney era a pessoa que estava com ‘Raíssa’ no motel, no dia 9 de novembro de 2010. A arma do crime, um canivete com uma lâmina de 15 centímetros, foi encontrado jogado no chão do pátio do motel, supostamente pelo réu.


Porém, no final de outubro, o advogado de Roney entrou com um recurso contra a Sentença de Pronúncia, tentando livrar seu cliente do júri. Hoje o processo está no Tribunal de Justiça. Caso a procuradoria rejeite o recurso, o procedimento para a criação do Júri Popular continuará.

O crime


“Raíssa” foi encontrada morta em uma das suítes do motel Calypso, situado na Avenida Rubem Siqueira Maia, no bairro Mangueiras, em Coronel Fabriciano. A vítima foi assassinada a golpes de canivete, de aproximadamente 15 cm de lâmina. “Raíssa” foi golpeada no tórax, pescoço e ombro.


Roney de Oliveira Bramusse, o “Roni”, que tinha 33 anos na época da morte do travesti, apesar de já condenado por outro crime na ocasião era estudante de farmácia da Unipac (Universidade Presidente Antônio Carlos) de Ipatinga. Ele já havia cumprido pena parcial por assassinar uma modelo, sua prima, há mais de dez anos. Após o assassinato de “Raíssa”, ficou foragido até abril de 2011, quando foi identificado e preso em Espera Feliz.


AKR

Encontrada no pátio do motel, a arma do crime foi apreendida
Funcionários do motel contaram à Polícia Militar, no dia do fato, que por volta das 2h30 ouviram gritos e um barulho de algo caindo ao solo na suíte de número 209. Eles foram ver do que se tratava e encontraram várias marcas de sangue no chão e na parede da escada de acesso à garagem da suíte, ouvindo em seguida um carro sair do motel. O travesti já estava morto, caído no pé da escada e com o corpo completamente ensangüentado.


Em suas análises, a perita Laudiene Viana, da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ª DRPC) de Ipatinga, percebeu que havia várias garrafas quebradas no interior da suíte e sinal de que “Raíssa” e o assassino entraram em luta corporal. Após ser esfaqueado, o travesti teria saído do quarto e caído sem forças logo depois de descer a escada. Ainda de acordo com os funcionários do motel, “Raíssa” e o suposto homicida chegaram à 1h13, pediram cervejas, cigarros e sabonetes para a banheira. O travesti fazia ‘ponto’ na região da concessionária Peugeot no bairro Iguaçu, em Ipatinga. Ele residia na rua Acre, no bairro Caladinho de Baixo, em Fabriciano. A arma usada no homicídio foi jogada pelo assassino no pátio do motel após o crime.
O suposto autor do crime fugiu em um Uno, deixou o carro na casa de um tio e sumiu. Ainda na suíte, a perita Laudiene Viana e a Polícia Militar localizaram o documento do automóvel Fiat Uno placas LAY-0668, em nome de Sebastião Bramusse Sobrinho, morador da rua Cirineu Teixeira, no bairro Santa Antônio. Os policiais estiveram no endereço e foram informados que o automóvel estava com o filho de Sebastião, Roney. Uma camisa recolhida na suíte tinha as seguintes inscrições: “Faço farmácia, farmácia Unipac”.
O Fiat Uno usado por Roney foi encontrado na garagem de um tio dele, na rua Alípio José da Silva, no bairro São Geraldo, em Fabriciano. O perito Hebert De Mingo, da 1ª DRPC, vistoriou o carro e encontrou documentos pessoais do acusado, além de uma toalha do motel Calypso.



O cruel assassinato da prima-modelo


Divulgação

Julgado pela morte de sua prima Leila Bramusse, em 98, Roney foi condenado a quase 20 anos de reclusão
O acusado de assassinar o travesti já havia cumprido pena na penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba. Em 1998, ele foi condenado pelo brutal homicídio da própria prima, a modelo Leila Bramusse Ventura, 19. A moça foi morta em 15 de novembro de 1998, na casa onde morava com a família, na rua Antônio Pinto, no bairro JK, em Coronel Fabriciano. Ela foi encontrada em seu quarto, seminua e ainda com o fio da tomada de um ventilador enrolado no pescoço – que o assassino utilizou para estrangulá-la. Leila também teria sido violentada.


Na época do crime, Roney já era casado e pai de um filho de dois anos. A modelo havia sido sua madrinha de casamento. No dia em que foi preso pelo homicídio da prima, Roney negou todas as acusações, mas acabou julgado e condenado pelo crime, levando quase 20 anos de prisão. Contudo, ganhou as ruas beneficiado pela lei de execuções penais.


Na semana que antecedeu a morte de Leila Bramusse, ela e o assassino passaram dias juntos preparando uma exposição para ser exibida na Escola Estadual Pedro Calmon. O assassinato da modelo foi um dos crimes de maior repercussão no Vale do Aço, causando revolta principalmente em moradores de Fabriciano. Familiares de Leila e Roney chegaram a comentar que jamais desconfiavam dele, que até então era uma pessoa “amigável e tranquila”.
Fonte: Jornal vale do aço

Um comentário:

  1. esse ganalha tem que te uma pena mortal esse filho da puta matou meu primo queromos justiça

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