Bombas dos postos de combustíveis já exibem os reajustes para os consumidores
Arquivo DA
A gasolina registrava preço médio de R$ 2,86 anteriormente; o etanol, por sua vez, não ultrapassava os R$ 2,24
DA REDAÇÃO - O preço dos combustíveis registrou novo
aumento na semana que terminou. O motorista desavisado, que chegava
neste sábado para abastecer, levou um susto na hora de pagar para
completar o tanque. O reajuste nas bombas dos postos de combustíveis de
Ipatinga, por exemplo, elevou a gasolina para a casa dos R$ 2,977 -
valor médio pesquisado na manhã desse sábado (20) junto às três
principais redes (GT, AP Magalhães e Souza). O Etanol, por sua vez,
também ficou mais caro. O preço médio do litro do combustível chega a R$
2,315.
Na possível explicação para o aumento, de acordo com dados recentemente
divulgados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP), o consumo de combustíveis em Minas Gerais, no
primeiro bimestre deste ano, refletindo o aumento da frota, alcançou
recorde histórico. No período, foram consumidos, no Estado, 2,157
milhões de metros cúbicos de combustíveis derivados do petróleo, um
crescimento de praticamente 3% frente ao volume comercializado nos
mesmos meses de 2012 (2,095 milhões de metros cúbicos).
Informações da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) apontam que a
frota estadual de veículos tributáveis com o Imposto sobre a Propriedade
de Veículos Automotores (IPVA) cresceu 7,7% de 2012 para 2013, o que
representa uma adição de 557 mil automóveis. Com esse aumento, a frota
do Estado chega hoje a cerca de 7,9 milhões de veículos.
No Vale do Aço, somente em Ipatinga, conforme balanço informado pela Administração Fazendária do município esta semana, o número de veículos sujeitos ao pagamento do IPVA este ano é de 124.615.
No Vale do Aço, somente em Ipatinga, conforme balanço informado pela Administração Fazendária do município esta semana, o número de veículos sujeitos ao pagamento do IPVA este ano é de 124.615.
Insuficiente
Na opinião do diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Carlos Guimarães Júnior, o aumento da demanda por combustíveis traz uma consequência negativa. "A Petrobras não tem conseguido refinar principalmente gasolina suficiente para atender a demanda e, por isso, tem importado combustível em grande quantidade. Isso preocupa", analisa o diretor da entidade, em publicação veiculada no site da Minaspetro.
A situação é notória em Minas Gerais, na avaliação do dirigente
sindical. Enquanto o consumo de gasolina no Estado no bimestre atingiu o
recorde para o período de 708,9 mil metros cúbicos, a produção do
combustível pela Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, chegou a
apenas 46% (325,6 mil metros cúbicos) desse volume. A quantidade
consumida nos dois primeiros meses deste ano foi 3% maior do que o do
mesmo intervalo de 2012 (688,4 mil metros cúbicos).Na opinião do diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Carlos Guimarães Júnior, o aumento da demanda por combustíveis traz uma consequência negativa. "A Petrobras não tem conseguido refinar principalmente gasolina suficiente para atender a demanda e, por isso, tem importado combustível em grande quantidade. Isso preocupa", analisa o diretor da entidade, em publicação veiculada no site da Minaspetro.