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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Embargo de obras deixa trabalhadores em apuros

Arrimos de família, operários se dizem tristes e preocupados, sem encontrar explicação lógica para medida da prefeitura. Aciapi vê situação com perplexidade, considerando que construção segue as regras do TAC 2 e incentiva outros investimentos.

Janete Araújo

Mapa que mostra o projeto de todo o empreendimento
IPATINGA - O arrojado projeto de iniciativa privada para construção do Panorama Economic Hotel, que contribui para a revitalização de uma área que é hoje uma das mais perigosas e conflituosas do Centro da cidade, em função da presença de muitos usuários de crack, pode ter sua construção comprometida. Na manhã desta quarta-feira (17), Cledson Costa, o mestre de obras do mais novo e moderno empreendimento a ser desenvolvido na Avenida 28 de Abril, com sete andares de edificação, falou ao jornal VALE DO AÇO da apreensão dos trabalhadores que foram contratados pela JSN Empreendimentos para executar o projeto.

Divulgação

Visão noturna do Panorama Economic Hotel após a conclusão do projeto
Os trabalhadores ocupados com a execução do projeto do hotel, que estão prestando serviços no local desde o dia 18 de março, ficaram surpresos quando a Prefeitura de Ipatinga embargou a obra e todos acabaram ficando ociosos. “Estamos parados, sem ter o que fazer, e por isso tememos ficar sem emprego”, disse um deles.

“Não entendemos o que aconteceu, pois seguimos todas as normas técnicas exigidas por lei. Os projetos foram todos aprovados. Cumprimos as exigências de segurança, usamos caminhão-pipa para aplacar a poeira. tudo dentro dos padrões, com acompanhamento técnico e pelo engenheiro responsável”, comenta Cledson Costa.

Janete Araújo

O mestre de obras Cledson Costa e os trabalhadores estão preocupados em perderem seus empregos
O mestre de obras ainda salienta que o Panorama Economic Hotel conta com alvará de licença de obra, alvará de demolição,  Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, tudo aprovado, lembrando que  a parte antiga do prédio, que a prefeitura pediu que ficasse de pé visando à preservação, foi respeitada.
Cledson Costa lembra ainda que a obra iniciou com 14 trabalhadores, mas a ideia era chegar a 40 nos dois anos que duraria a sua execução. No momento eram 16 funcionários, mas com o embargo alguns já foram demitidos e o medo dos que ficaram é que o restante também fique sem emprego. “Tem gente aqui que tinha opção de trabalhar em outras construções, mas preferiu esse contrato por ser mais longo. Se a obra não recomeçar não sabemos o que fazer, somos arrimos de família, precisamos dos nossos salários, temos nossos sonhos que dependem desse empreendimento. É isso que nos deixa mais tristes e preocupados, pois não tem uma explicação lógica para o embargo da obra. E quem for demitido não tem mais como optar por outra oportunidade que foi perdida. Por isso temos a esperança desse embargo ser revertido”, observa Cledson Costa. Ele diz que são carpinteiros, ajudantes, mestre de obras, armador, engenheiro, técnico em segurança e estagiário, todos correndo o risco de ficarem desempregados.

O empreendimento
A área total a ser construída é de 3.062 metros quadrados. No primeiro piso haverá um centro comercial com lojas no nível térreo. Para outros dois pisos superiores foi projetado um estacionamento rotativo para 46 vagas, preenchendo assim uma demanda dos motoristas que circulam pelo Centro de Ipatinga. Acima haverá ainda mais quatro andares do hotel, com 72 apartamentos.

Fonte: Jornal Vale do Aço