Mostrando postagens com marcador Motvaço. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Motvaço. Mostrar todas as postagens

domingo, 31 de março de 2013

Mototaxistas paramentados conquistam o público

Segundo presidente da Motvaço, desde que o uso do colete foi adotado na região foi percebido que dobrou o número de corridas realizadas pelos profissionais da área 

janete araujo 

Mototaxistas usando colete são os preferidos pelos usuários
IPATINGA – De acordo com o presidente da Motvaço - Associação dos Mototaxistas, Motofretistas e Motociclistas do Vale do Aço, Ricardo Bouzada, existem hoje cerca de 1.900 mototaxistas e 1.200 motofretistas nas três cidades-polo da região – Coronel Fabriciano, Timóteo e Ipatinga. Sendo que só Ipatinga conta com 985 mototaxistas e 650 motofretistas. No total, 50% dos profissionais da região estão regularizados, enquanto o restante permanece na clandestinidade. A Motvaço conta com 44 pontos de mototáxis associados no Vale do Aço. 

janete araujo 

Bouzada explica que só vai acontecer a partir de 1º de agosto a fiscalização efetiva do curso especializado obrigatório destinado a profissionais em transporte de passageiro (mototaxista) e em entrega de mercadorias (motofretista), que exerçam atividades. Por enquanto a obrigatoriedade tem sido para o uso do colete, antena corta-pipa e uso do mata-cachorro na moto.

janete araujo 

Ricardo Bouzada, presidente da Motvaço, comenta que um dos principais requisitos para o profissional se associar à Motvaço é ter o Atestado de Bons Antecedentes
O detalhe curioso é que, segundo o presidente da Motvaço, desde que o uso do colete foi adotado, foi percebido que dobrou o número de corridas realizadas pelos profissionais da área: “Quem fazia 16 corridas por dia hoje faz em torno de 30. Pois o uso do colete gera credibilidade, profissionalismo e confiança para quem precisa do serviço”, entende Bouzada. Ainda conforme ele, além dos benefícios financeiros, em uma blitz policial o mototaxista ou motofretista com colete corre menos risco de ser parado.  
A expectativa da Motvaço é regularizar todos os profissionais do Vale do Aço, sendo que alguns de Coronel Fabriciano já se associaram. A sede da entidade fica na rua Judite, 1010, bairro Bethânia, telefone: 3827-0260. “Um dos principais requisitos para regularizarmos o nosso associado é que ele tenha o Atestado de Bons Antecedentes. Assim separamos o joio do trigo. Ele é encaminhado pela  Motvaço para fazer o curso obrigatório e receber a carteirinha de mototaxista ou motofretista”, salienta Ricardo.


Como os usuários encaram as  mudanças


A reportagem do jornal VALE DO AÇO foi às ruas ouvir a opinião das pessoas que usam o mototáxi como alternativa de transporte, e todos foram unânimes em afirmar que preferem aqueles que estão usando o colete que os identifica, pois isso passa segurança ao usuário.

janete araujo 

Stefane Luana, 25, estagiária de psicologia, do bairro Limoeiro
Stefane Luana, 25 anos, mora no bairro Limoeiro, em Ipatinga, e é estagiária de psicologia. Ela diz: “Sempre que preciso procuro um mototaxista que esteja identificado e com colete. Fico mais confiante em viajar com um profissional assim. Afinal, se vou em uma determinada empresa, o funcionário de lá se identifica. Então quem vai me transportar na moto também precisa fazer o mesmo. Isso passa credibilidade para o ponto que o contrata e confiança para quem usa o serviço. Sempre observo esse detalhe. Se não eu dispenso na hora”, afirma.

janete araujo 

Reinaldo Welbert, 33, tatuador, do Cidade Nova
O tatuador Reinaldo Welbert, 33 anos, mora no bairro Cidade Nova, em Santana do Paraíso, e é dono da própria empresa. Ele explica que utiliza mototáxi tanto para uso pessoal quanto para fazer serviço para a empresa: “Eles precisam seguir as regras como qualquer trabalhador, por isso só escolho aqueles que estão identificados e que usam o colete. Já tenho um ponto de minha preferência que sei que é regularizado e uso os serviços dos profissionais, pois sei que têm procedência. Pensei até em patrocinar alguns coletes para incentivar que se regularizassem. Acho que os empresários poderiam fazer isso. Acredito que assim muitos mototaxistas deixariam de agir na clandestinidade”, sugere o empresário.

Márcio de Lana, 37 anos,  soldador, mora no bairro Vila Celeste, em Ipatinga, e afirma que fica difícil confiar em uma pessoa que se diz mototaxista, mas que não está paramentado: “Não dá para correr risco. Uma pessoa assim pode ser um aventureiro que pode colocar a vida dele e a minha também em situação difícil. Pode também fingir ser motaxista e na verdade ser até um assaltante. Melhor é não confiar e só usar o serviço de mototaxista regularizado, que esteja identificado e usando colete. É o que sempre faço”, afirma.       
Janete Araújo 
Márcio de Lana, 37 anos, soldador, morador da Vila Celeste