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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Retomada da produção na Usiminas

Tendência é de aquecimento no mercado formal de emprego, que também será beneficiado com a pavimentação da MG-760 e duplicação da BR-381


Lairto Martins

A vinda do argentino Julián Eguren a Ipatinga movimenta os bastidores da Usiminas durante a semana
IPATINGA – O presidente da Usiminas, Julián Eguren, estará em Ipatinga na próxima quinta-feira (20) acompanhando o governador Antonio Anastasia na inauguração das obras do Hospital Márcio Cunha (HMC). A informação já é dada como certa nos bastidores da empresa e foi confirmada com exclusividade à reportagem do jornal VALE DO AÇO neste sábado (20). Na ocasião, o argentino deve apresentar sua análise diante dos números da movimentação no primeiro trimestre do ano, que aliados a fatores externos, provocam otimismo nos analistas em relação à empresa. A retomada na produção industrial mostra que há demanda por aço no mercado interno, e ela deve se sustentar pelos próximos meses.

Grandes obras de infraestrutura contratadas pelo governo, somadas ao consumo das famílias que se mantém e a grandes investimentos para a Copa do Mundo de Futebol, Olimpíadas e exploração do Pré-Sal, dão sinais de que a produção na Usina Intendente Câmara, em Ipatinga, deve continuar acelerando. Mas a boa notícia ainda não se reflete tão positivamente nas finanças, pelo menos não como muitos gostariam. A elevação de custos e a concorrência chinesa reduziram a margem de ganhos.

MERCADO DE TRABALHO

Por outro lado, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (MTE) que foram divulgados nesta semana apontam que no mês de março houve saldo negativo no volume de emprego formal da região. Em Ipatinga, foi registrada perda de 631 vagas, diante de 3.635 admissões e 4.266 desligamentos. Nos últimos 12 meses, considerando também os números de Coronel Fabriciano e Timóteo, foram fechados 2.380 postos de trabalho no Vale do Aço.

O setor responsável pelo maior volume de cortes foi a Construção Civil, mas conforme o delegado regional do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon), Kléber Muratori, trata-se de oscilação pontual, já que a tendência é de retomar as contratações.

“A Usiminas havia postergado, no decorrer de 2012, obras internas para as quais ela não tinha tanta urgência. No final do ano, essas obras foram retomadas, refletindo positivamente na demanda por mão de obra na Construção Civil, mas foram manutenções com prazos definidos, dentre as quais muitas se encerraram em março”, disse Muratori, ao analisar as 1.083 contratações frente a 1.495 desligamentos, um saldo negativo de 412 vagas no mês.

OPORTUNIDADES

Lairto Martins

Empresa deve manter nível de emprego e até contratar mais profissionais, apesar do aumento de pedidos ainda não representar lucros expressivos
Para o especialista, a retomada da atividade industrial em Ipatinga seguramente resultará na abertura de novas oportunidades de emprego para trabalhadores da Construção Civil. “A demanda por aço vai se manter e com isso a Usiminas continuará com muitos pedidos. Não é, ainda, sinônimo de grandes lucros para a empresa, mas temos percebido diversos ajustes que demonstram um movimento positivo nessa direção”, destacou.

Grandes obras públicas que terão início na região também abriram oportunidades para profissionais e prestadores de serviços. Há previsão de investimentos da ordem de R$ 4,2 bilhões nos próximos meses com a pavimentação da MG-760 entre Timóteo e São José do Goiabal e duplicação da BR-381 Norte, ligando Belo Horizonte a Governador Valadares.

“Até as padarias vão vender mais. Temos discutido junto à Fiemg (Federação das Indústrias do
Estado de Minas Gerais), para garantirmos que toda a demanda por serviços diversos, como alimentação, uniformes e até alojamento dos trabalhadores seja atendida por empresas daqui. Pela experiência em obras semelhantes, acredito que haverá um canteiro fixo para suporte e, com o avançar das obras, haja movimentação diária dos trabalhadores”, informou Kléber.

Entre os profissionais que tendem a ser mais procurados, Muratori listou motoristas, operadores de máquinas e auxiliares, mas também disse entender que trabalhadores ligados aos diversos serviços sejam demandados. “Trata-se de um volume de investimentos muito significativo, que apesar de temporário, trará reflexos extremamente positivos à economia da região. Torcemos para que as obras da duplicação sejam iniciadas o quanto antes”, finalizou.

Fonte:  Jornal Vale do Aço