Divulgação
A Petrobras é um orgulho para o cidadão brasileiro. A Petrobras nasceu
de um movimento
nacionalista muito legítimo, na década de 1950, “o
petróleo é nosso” que ganhou força
com a criação da estatal por Getúlio
Vargas, em 1953. Vargas suicidou em 1954,
justamente por pressões
criadas contra a criação da Petrobras, instigada pelo governo
americano
com a ajuda da imprensa brasileira “entreguista”.
Parece que esta imprensa até hoje é contra a Petrobras: a maior parte
da grande
imprensa brasileira e alguns políticos ligada a ela, como os
tucanos que quase a privatizaram
durante o governo FHC, quando as ações
estatais da empresa correspondiam a apenas
1/3 do total. O governo Lula
recuperou a empresa e seus investimentos e hoje estas ações
já
correspondem a mais da metade do capital da empresa.
A Petrobras no dia 17/03/2013 divulgou seu aguardado plano de negócios
para o período
2013-2017, apontando manutenção do nível de investimentos
e da produção de petróleo
e gás, no valor total de US$ 236,7 bilhões. A
Petrobras prevê ainda dobrar a produção
interna das refinarias
brasileiras (construindo mais três) até 2020. É um volume extraordinário
de investimentos, um dos maiores do mundo, senão o maior.
A Petrobras anunciou (dez/2012) um novo modelo de indução ao
desenvolvimento dos
fornecedores do segmento de petróleo, gás natural e
naval – os Arranjos Produtivos
Locais (APLs), que preveem a concentração
de indústrias no entorno dos
empreendimentos da Petrobras – começará a
ser implantado a partir de 2013, com a
meta de apresentar os primeiros
resultados concretos até o fim do atual governo. Este
modelo, dos APLs,
tem eficácia comprovada há décadas em países como Cingapura,
Malásia,
Taiwan e Coréia do Sul.
O Prominp - Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e
Gás Natural,
foi criado em 2003 com o objetivo de maximizar a
participação da indústria nacional
fornecedora de bens e serviços, na
implantação de projetos de investimentos do setor
de petróleo e gás
natural no Brasil e no exterior. O Prominp (Ministério das Minas
e
Energia), mostra aumento do conteúdo local médio no Brasil em 2012, para
cerca
de 77%. Em 2011, o índice ficou em 75,1%; em 2010, em 74,6% e, em
2009, em 74%.
O ano de 2012, portanto, deve mostrar uma aceleração do
índice, de acordo com o Prominp.
É aqui que entra o Vale do Aço. A meta principal do Plano de
Desenvolvimento de APLs
para o Setor de Petróleo, Gás e Naval é ampliar,
a preços competitivos, a capacidade de
oferta da indústria nacional
frente às demandas da cadeia produtiva. Para isso, serão
utilizados
diversos instrumentos de apoio já existentes, como convênios ABDI-MDIC;
programas da Petrobras, do BNDES (P&G, Inova-Petro e Política de
Entornos) e outros
instrumentos.
O projeto faz parte do Plano Brasil Maior e do Prominp e prevê a
implantação, em até
um ano e meio, de seis grandes fornecedores-âncora
em torno de cada uma das
cinco regiões precursoras definidas pelo
governo: Rio Grande-São José do Norte (RS),
Ipatinga-Vale do Aço (MG),
Ipojuca-Suape Global (PE), Maragogipe-São Roque (BA)
e Itaboraí-Conleste
(RJ). O Prominp e o Plano Brasil Maior promoveram a oficina de
trabalho
de lançamento dos APLs para o Setor de Petróleo, Gás e Naval’, no dia
26 de
fevereiro, em Brasília, neste ano.
Em janeiro de 2013, o governo de Minas já anunciava a inclusão do Vale
do Aço no
Prominp: os investimentos para atender a indústria naval
começaram quatro anos
atrás, resultando num grupo de 10 empresas da
cidade que passaram a abastecer os
estaleiros de portas, calhas de
amarras, mastros e balaustradas, etc. Agora, a intenção
é ir além da
cadeia naval, participando do fornecimento de equipamentos submarinos.
Segundo o Diário do Aço de 18/04/2013: foram assinados acordos entre o
APL Vale
do Aço e o NCE NODE, cluster norueguês (do setor naval) e entre
o Senai Ipatinga e
Nortran (centro de treinamento norueguês). O acordo
tem apoio do MDIC e do
Prominp. O presidente da Fiemg Regional Vale do
Aço, Luciano Araújo, relatou
que o lançamento do Plano de
Desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local (APL)
metalomecânico no Vale
do Aço, em parceria com o Mdic, Prominp, Fiemg e Sindimiva
é exatamente
para reinventar e trazer um novo momento para a região. O convênio
aproximará 230 indústrias da região de 58 empresas norueguesas para a
troca de
experiências e tecnologias, cujo objetivo é gerar novos
negócios e mercados como
fornecedores da cadeia produtiva da Petrobrás.
*Daniel Miranda Soares é economista e EPPGG, mestre pela UFV.
Fonte : Diário do Aço