Grão Fotografia
Marília Lacerda e
Goretti de Freitas, respectivamente presidente e coordenadora do Clesi,
são co-autoras de “O Livro das Aldravias – Nova Forma, Nova Poesia”
As escritoras Goretti de Freitas e Marília Lacerda,
respectivamente presidente e coordenadora do Clube dos Escritores de
Ipatinga, estão em Portugal para o lançamento do “O Livro das Aldravias –
Nova Forma, Nova Poesia”, do qual são co-autoras.
Trata-se de
uma ação conjunta promovida pela ALA - Academia de Letras e Artes
(Portugal), SBPA - Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravinistas, ALACIB
– Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil e InBrasCI. As escritoras
participam de uma programação extensa em Lisboa e Ilha da Madeira desde
o dia 06 deste mês. Dentro da programação prevista para o lançamento da
coletânea estão marcadas, além do lançamento oficial do livro,
conferências e debates sobre o tema do livro.
A organização da
coletânea é assinada pelos poetas aldravistas de Mariana, Grabriel
Bicalho, Andreia Donadon-Leal, J.B.Donadon-Leal e J.S. Ferreira. Reúne
51 escritores brasileiros, portugueses e franceses e será lançada no
Salão Nobre da Sede da Academia Portuguesa Ex-Libris (Lisboa); na
Academia Letras e Artes (Cascais) e na Câmara Municipal do Fuchal (Ilha
da Madeira).
As escritorasA pedagoga Goretti Freitas,
atual presidente do Clube dos Escritores de Ipatinga, tem em seu
currículo a edição do livro infantil e paradidático “Filipe e seus
barquinhos”, proposta interativa que possibilita a descoberta das cores e
apresenta possibilidades diversas de se trabalhar a
interdisciplinaridade de forma criativa por meio de brincadeiras lúdicas
e dobraduras, bem como publicação do livro “Contos Interioranos”,
lançado em 2008 e “Num instante, um haicai”, vencedor do 8º Concurso
Regional para Edição de Livros, editado pelo Clesi em 2008.
Marília
Siqueira Lacerda é coordenadora do Clesi desde 1998. É autora de “A
Chuva e o Barquinho” e “Belas Bailarinas”, publicações bilíngues,
voltadas para o público infantil. O primeiro trata-se de publicação
independente, já “Belas Bailarinas” integra os volumes da Série Giro-Lê,
editada pelo Clesi. Em seu currículo destacam-se também a publicação
dos livros de poesia “Utopia” e “Entre Outonos e Primaveras”, composto
por três volumes, além da organização de todas as antologias em prosa e
poesia, publicadas pelo Clesi.
A viagem a Portugal das escritoras
Goretti Freitas e Marília Lacerda integram as ações do Programa de
Intercâmbio e Difusão Cultural, promovidas pelo Ministério da Cultura,
com recursos do Fundo Nacional de Cultura.
O que é Aldravia?De
acordo com Gabriel Bicalho, presidente da Aldrava Letras e Artes, um
dos fundadores do Movimento Aldravista, que hoje é reconhecido em vários
países, trata-se de um poema sintético, capaz de inverter ideias
correntes de que a poesia está num beco sem saída. O poema é constituído
numa linométrica de até seis palavras-verso, de forma aleatória,
preocupada com a produção de um poema que condense significação com um
mínimo de palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que
isso signifique extremo esforço para sua elaboração.
ABC das AldraviasConforme
os poetas aldravistas Garbriel Bicalho, Andreia Donadon Leal, J.B
Donadon Leal e J.S. Ferreira, a partir do conceito “poundiano” (Erza
Pound) de o máximo de poesia, num mínimo para o de palavras, o poeta
aldravista deve observar os seguintes critérios:
• Iniciar os versos com letras minúsculas. Em caso de nomes próprios, vale opção do autor;
• A divisão em palavras-versos já implica pausa, por isso, não é recomendada utilização de pontuação;
•
As pontuações de interrogação ou exclamação podem ser utilizadas, se a
sintaxe da aldravia, por si só, não denunciar sua proposição;
•
Nomes próprios duplos ( com ou sem ligação por hífen), cuja divisão
resulta em outro nome (Di Cavalcanti, Van Gogh), podem ser considerados
um único vocábulo;
• Nomes e formas pronominais ligadas por hífen podem ser considerados vocábulos únicos;
• Sugerir mais do que tentar escrever todo o conteúdo. Incompletude é provocação aldrávica;
• Priveligar a metonímia, evitando-se a metáfora.
Fonte:
Jornal Vale do aço