segunda-feira, 29 de abril de 2013

O presente e o futuro de Timóteo

Jovens que moram na cidade falam de suas expectativas e apontam áreas que precisam melhorar

Arquivo DA
parça 1º de maio
Praça 1º de Maio é um dos lugares preferidos dos jovens
TIMÓTEO – Com 81.243 habitantes, de acordo com o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística) realizado em 2010, Timóteo chega aos seus 49 anos de emancipação 
político-administrativa com 19% de jovens em sua população. Fundado no entorno da antiga Acesita, 
hoje Aperam South America, o município cresceu em função da empresa e ficou conhecido como 
a capital do inox. Por muitos anos, atraiu jovens com sonhos de buscar uma profissão e constituir 
família. Mas qual seria a realidade hoje?
Atualmente, o município perde a forte vinculação econômica com a siderurgia e os jovens que 
nasceram ou vivem em Timóteo se dividem entre ficar na tranquilidade que a cidade oferece e 
tentar a vida nas capitais, visto que o serviço público também já não supre a demanda por vagas 
de trabalho.
No mais recente censo realizado pelo IBGE, em 2010, foram contabilizados 15.639 jovens, 
mostrando que a população adulta e idosa é maioria no município. Para elaboração deste 
levantamento, a reportagem considera como jovens pessoas com idade entre 15 e 25 anos.
As entrevistas revelam que, apesar de o município e região oferecerem muitas opções de 
cursos universitários, muitos jovens ainda saem para estudar em uma instituição federal e, 
na maioria das vezes, não voltam após a formatura. 

Nesta data especial, a reportagem do DIÁRIO DO AÇO foi às ruas de Timóteo para ouvir 
dos jovens suas expectativas e críticas sobre a cidade, considerada a sexta melhor em 
qualidade de vida no Estado (PNUD 2000).

Wôlmer Ezequiel
I075710.jpg
Thaís Caroline arruma as malas para estudar no Espírito Santo
Mudança
Apesar de a região ser considerada polo educacional e de Timóteo abrigar inclusive uma 
unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), ainda são muitos os jovens
 que precisam sair de casa para estudar. Esse é o caso da estudante Thaís Caroline, 
17 anos, moradora do bairro Ana Rita. Após ser aprovada no vestibular de Ciências 
 
Econômicas na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Thaís Caroline acerta 
os últimos detalhes junto da família para programa a sua mudança para Vitória.
Sentada em um banco da praça 1º de Maio, Thaís conta que tinha planos de sair de 
Timóteo há muito tempo. “Apesar de ter muitas faculdades aqui, não há nenhuma 
federal, então, tive que tentar vestibular fora”, declarou a jovem. Nascida em Timóteo,
 ela afirma que a tranquilidade oferecida aos moradores é a maior vantagem de se morar
 na cidade. “Gosto muito do clima tranquilo daqui. Na minha opinião, a violência ainda
 não tomou conta da cidade e podemos ir e vir. Mas teria que enfrentar a realidade da 
capital e deixar a família para estudar”, disse Thaís Caroline.
Para a estudante, Timóteo precisa melhorar em vários aspectos para se tornar atrativa
 aos jovens. “Como em várias partes do Brasil, Timóteo precisa de melhorias na saúde. 
A situação das vias está péssima, é preciso melhorar a infraestrutura das ruas. 
A educação também é um problema. Devíamos ter uma universidade federal aqui. 
O Cefet deveria ofertar mais cursos”, salientou. 

Wôlmer Ezequiel
I075711.jpg
Nascida no Rio, Dayana Ferreira que cursar Engenharia Civil fora de Timóteo
Planos
Para a jovem de 16 anos, moradora do bairro Alvorada, Dayana Ferreira Costa, a saída de 
Timóteo para cursar faculdade também é certa. Nascida em Volta Redonda (RJ), ele se 
mudou para a cidade há sete anos. “Tenho planos de sair de Timóteo para cursar Engenharia
 Civil. Aqui não tem tanta oportunidade”, falou.
Nesses sete anos morando em Timóteo, Dayana Ferreira valoriza o clima agradável da cidade
 para conviver em família. “Gosta de passear nas praças com a família. A cidade tem um 
bom clima”, comentou. Por outro lado, o trânsito e a violência são apontados por ela como
 desvantagens. “O trânsito aqui é uma bagunça e o asfalto mal conservado. Acho que, 
ultimamente, o número de assaltos aqui está muito alto, falta mais segurança”, criticou.
Wôlmer Ezequiel
I075712.jpg
Caroline Aparecida mora há seis anos em Timóteo

Jovens são unânimes ao destacar a “tranquilidade” timoteense

 
Entre os prós e contras apresentados pelos jovens que vivem no município, a tranquilidade
é uma característica citada por todos os entrevistados. Praças, áreas verdes, pontos turísticos
mergulhados na natureza, convivência amigável, agradam tanto aqueles que já nasceram 
na cidade, quanto os “estrangeiros”, que acabaram adotando Timóteo. Sobre os lugares, a Praça
do Coreto é o lugar predileto deles na cidade. 
Entre os “adotados” está a balconista Caroline Aparecida Alves, 24 anos, moradora do bairro
Timirim. Ela nasceu em São Pedro dos Ferros e reside em Timóteo há seis anos. Bem 
acolhida na cidade, Caroline Aparecida afirma que não pretende sair dela. “Quero continuar morando
em Timóteo, gosto muito daqui”, resumiu.
Entre as qualidades citadas pela balconista, está a tranquilidade “relativa”. “Acho Timóteo 
uma cidade relativamente tranquila. Pelo menos é melhor nesse aspecto do que muitos municípios
próximos. Um dos meus lugares preferidos aqui é o Oikós”, disse. Apesar de gostar muito 
de Timóteo, Caroline Aparecida acha que o município precisa de mais áreas de lazer. “Acho
que Timóteo precisava ter um lugar como o Parque Ipanema de Ipatinga. Faltam mais investimentos
na saúde e em segurança pública”, opinou.
Wôlmer Ezequiel
I075713.jpg
Michael Douglas afirma que não quer sair da sua cidade
Para o estudante Michael Douglas Rodrigues, 18 anos, Timóteo vai muito bem. Bem-humorado,
o morador do bairro Recanto Verde não tem planos de sair da cidade. “Quero continuar morando
aqui. Gosto muito de Timóteo. Meu lugar preferido é o Coreto, que é um ponto de encontro da 
cidade”, declarou. Apesar de não ter muitas críticas sobre o município, Michael Douglas aponta 
a saúde e o trânsito como pontos que precisam melhorar.
Convivência
Técnica em informática, Nadya Gonçalves 19 anos, moradora do Santa Terezinha, diz que ama 
a cidade onde nasceu. “Nasci aqui e adora o tipo de convivência que temos em Timóteo. 
Meu lugar preferido é a Praça do Coreto”, frisou. Porém, diante de uma boa oportunidade de 
emprego em outra cidade Nadya Gonçalves não relutaria em sair. “No momento não pretendo
sair daqui, mas se tivesse uma boa oportunidade profissional sairia sim”, pontuou. Sobre as 
deficiências de Timóteo, Nadya aponta a saúde pública, o asfalto e falta de lazer. “Acho que 
aqui falta mais lazer para os jovens e o asfalto está esburacado demais, a saúde dispensa 
comentários, é um problema geral”, observou.
Wôlmer Ezequiel
I075714.jpg
Nadya Gonçalves sairia de Timóteo por uma motivação profissional
A auxiliar administrativa Bárbara Carvalho, 22 anos, moradora do Centro-Sul, quer continuar 
em Timóteo. “Nasci aqui e gosto de morar aqui. Não escolheria outro lugar. Adoro essa 
tranquilidade. Poder me movimentar a hora que eu quiser sem ter que me preocupar com 
aquela violência que vemos nas capitais”, elogiou.

Apesar de tantas vantagens, Bárbara Carvalho teceu duras críticas ao responder à pergunta 
sobre o que precisa melhorar na cidade. “Acho que temos que mudar os políticos. Em Timóteo,
há vários bairros que estão abandonados, precisamos de muitas melhorias em relação ao poder
e serviço público”, concluiu.
   
 
Wôlmer Ezequiel
I075716.jpg
Bárbara Carvalho afirma que há bairros esquecidos em Timóteo
       
  Repórter : Polliane Torres
Fonte: Diário do Aço


 

Caçula do Vale do Aço, Santana do Paraíso comemora 21 anos

Cidade é 'paraíso' de riquezas naturais e se prepara para o desenvolvimento econômico
O advento do aço presenteou Santana com o Aeroporto da Usiminas


PARAÍSO Mais jovem entre os quatro municípios pertencentes ao Vale do Aço, Santana do Paraí-so completa hoje seus 21 anos como cidade emancipada. Entretanto, possui lugar nos registros históricos brasileiros desde o século XIX, quando a localidade era uma região inóspita habitada por índios e que fora ocupada a mando do então rei Dom João VI, no início dos anos 1800.

A partir daí, a região passou a ser ponto de parada de tropeiros que faziam o trajeto entre as cidades de Ferros e Calado, que depois viria a se tornar Coronel Fabriciano. Segundo conta a história, as belezas naturais e cachoeiras da região chamavam a atenção dos viajantes.

Aos poucos, foi sendo formado ali um vilarejo, batizado como Santana do Paraíso em referência à Nossa Senhora de Santana e à bela paisagem da cidade. Em 1892, o povoado de Santana do Paraíso do Taquaraçu tornou-se distrito de Ferros, situação que permaneceria até 1923.

Os tropeiros, bem como os recursos naturais privilegiados, auxiliaram no desenvolvimento econômico nos primeiros anos do distrito. Ao redor das cachoeiras foram se instalando armazéns de cereais e engenhos com moinhos e máquinas de limpar grãos e cereais. A fartura de itens de caça também atraiu moradores para o local.
No ano de 1923, o ainda distrito de Ferros foi transferido para a cidade de Mesquita.

Santana viu o desenvolvimento bater à sua porta entre os anos 40 e 50, quando a região hoje conhecida como Vale do Aço começou a receber indústrias do setor siderúrgico como a Acesita (atual Aperam) e Usiminas. O advento do aço presenteou Santana com o Aeroporto da Usiminas que, apesar de não estar geograficamente próximo à cidade, foi construído em terreno pertencente ao município. Também antes de se tornar oficialmente um município, Santana recebeu, na década de 70, o distrito industrial, que hoje abriga dezenas de empresas e é um dos pilares da economia paraisense.

Em 28 de abril de 1992, a Lei nº 10.704, sancionada pelo então governador do Estado Hélio Garcia, emancipou o distrito e criou a cidade de Santana do Paraíso. Juntamente com Santana, outros 32 municípios se tornaram independentes a partir daquela data.
Fonte: Diário Popular Mg

Kart Clube homenageia o aniversário da cidade

A corrida noturna, com entrada franca, é válida pela 2ª Etapa da Copa Vale do Aço de Kart
IPATINGA - Os amantes de esportes de velocidade têm encontro marcado na noite deste sábado (27), a partir das 18h, no Kart Clube Ipatinga (KCI), para assistir ao “Grande Prêmio Ipatinga 49 Anos”. A corrida é válida pela 2ª Etapa da Copa Vale do Aço de Kart, com entrada franca, e faz parte do calendário de comemorações do aniversário de emancipação político-administrativa do município.

De acordo com a organização, 30 pilotos inscritos deverão participar da corrida. A programação da etapa noturna disputada no Kartódromo Emerson Fittipaldi será iniciada com o aquecimento e tomada de tempos, a partir das 18h. A categoria Cadete terá pilotos de até 12 anos, percorrendo o circuito em 15 voltas.

LARGADA

Em seguida ao hasteamento de bandeiras, previsto para as 19h, será realizada a primeira bateria da categoria Super 400 Light. Na sequência vão acontecer a etapa única da categoria Standart 400 e o concurso de manobras radicais com apresentações dos grupos Mav Welling e Motoshow, de Ipatinga. Na última atração da noite, acontecerá a segunda bateria da Super 400 Light.

O Kartódromo Emerson Fittipaldi, administrado pelo KCI, foi inaugurado em 1982, se tornando um dos melhores do país e referência para pilotos consagrados, como Rubens Barrichello, Christian Fittipaldi e Tony Canaã, e também recentes promessas do automobilismo nacional, como Alberto Valério, Felipe Nars, Sérgio Ximenes e tantos outros. A pista já sediou diversas edições do Campeonato Brasileiro de Kart, Copa Brasil e Campeonatos Mineiros e do Sudeste.
Fonte: Diário Popular Mg

Origem de Timóteo remonta ao século XVII

Na foto, a fazenda de Dona Angelina, pioneira em Timóteo: mapa de Eschwege de 1811 já citava município na Nova Carta da Capitania de Minas
TIMÓTEO - A história de Timóteo tem seu início no século XVII, quando faiscadores, atraídos pelas riquezas minerais do sertão, se instalaram na margem direita do Rio Piracicaba, afluente do Rio Doce.
Em 1811, o núcleo habitacional (Alegre), por sua importância, é relatado na “ Nova Carta da Capitania de Minas Gerais”, mapa elaborado pelo Barão de Eschwege, quando de suas viagens pelos sertões do Rio Doce.

No dia 11 de setembro de 1831, chega à região o alferes português Francisco de Paula e Silva, instalando-se no lugar conhecido como Ribeirão do Timóteo, segundo consta em Carta de Sesmaria expedida a seu favor em 1832. Por este documento se vê que Timóteo já possuía nome em princípios do século XIX.

TRADIÇÃO
Conta a tradição que Manoel Timóteo foi um “mulato”, dono de uma vendinha localizada na mineração da Lavrinha, em época anterior a 1830 e que se fixou nas margens do Ribeirão Timóteo (nome posteriormente dado com o tempo).

Com a chegada à região do alferes Santa Maria, tem início a abertura de clareiras na mata, a construção da sede daquele que seria um imenso latifúndio, o desenvolvimento da agricultura e da pecuária.
A fazenda do Alegre, como se tornou conhecida, constituiu-se a partir de então, em importante ponto de apoio para as embarcações que subiam e desciam o Piracicaba em direção à Vila Rica ou Vitória.

LEGADO
O alferes Francisco de Paula e Silva foi casado com a filha de tradicional família do Onça (hoje Jaguaraçu), por nome Teodora Umbelina da Cunha. Foram seus filhos e herdeiros o capitão Francisco de Paula e Silva Júnior (Chico Santa Maria), Francisca Carolina Joaquim de Paula e Silva, Maria Teodora Umbelina de Paula e Silva, José Luiz de Paula e Silva, Maria de Paula e Silva, Antônio de Paula e Silva e Emília Rosa de Paula e Silva.

Chico Santa Maria não se casou, vivendo em concubinato com suas escravas. Sua enorme descendência herdou as terras da sesmaria, terras estas que permanecem, ainda hoje e em parte, como legado da família e que, por outro lado, foram também vendidas a particulares como João Lino de Sá, Manoel Lino de Sá, João Malaquias Ferreira, etc.
Antônio Malaquias Ferreira, natural de Caratinga de Joanésia (Mesquita), instala-se na Baixada Grande (Horto Malaquias). Fez a doação de seus bens à Igreja, criando assim o Patrimônio que teria como patrono São Sebastião. O lugarejo passou a ser chamado de São Sebastião do Alegre.

ALEGRE
Nessas terras cresce o povoado de Timóteo, que teria a primeira missa em capela celebrada em 1915 pelo padre João Batista Penido, cura de São José do Grama (Jaguaraçu).

A igrejinha de madeira e telha cumbuca foi construída em 1913 por Manoel Mariano de Abreu (Manoel Bento), Benjamim Vieira, José Cassiano e outros. Em 1918, várias famílias instalaram-se no povoado como as de José Moreira Bowen (José Adão). Aos poucos o lugarejo foi crescendo, passando de povoado à vila, de vila a distrito - pertencente a Antônio Dias que, em 1938 adquiria a faixa de terra a Jaguaraçu que, por sua vez, pertencia a São Domingos do Prata.

Keisson priorizou qualidade na saúde e limpeza pública


TIMÓTEO – Quando ganhou as eleições municípios em 2012, o vereador Keisson Drumond (PT) tinha apenas uma visão parcial de como receberia a Prefeitura de Timóteo. Os problemas orçamentários e na área da saúde da gestão do ex-prefeito Sérgio Mendes (PSB) já eram públicos.
Em entrevista ao DIÁRIO POPULAR, o chefe do Executivo falou sobre as dificuldades em lidar com o bloqueio de verbas públicas como o Fundo de Participação dos Municípios (FMP) e até mesmo com o atraso na folha de pagamento do funcionalismo público. Confira a entrevista:


DIÁRIO POPULAR-
Como você avalia as condições em que recebeu o município na transição de governo?
KEISSON - Recebemos a Prefeitura em uma situação muito difícil. Eram problemas na área da limpeza pública com a suspensão da coleta de entulho por quase cinco meses. As ruas também estavam cheias de sacos de lixo pela suspensão da coleta domiciliar por 20 dias antes da transição de governo. Foi muito difícil colocar as coisas em ordem. As dívidas somavam quase R$ 170 milhões - e as não empenhadas R$ 25 milhões. Colocamos a casa em ordem e conseguimos quitar os pagamentos que estavam atrasados.

DP - Em quatro meses de mandato, o que foi possível solucionar?
K – Tivemos muitas conquistas nesses primeiros 100 dias de governo, como a construção da Praça de Fundo de Vale, reduzir os gastos com o custeio da máquina pública em R$ 14 milhões, comprar dois ônibus para o transporte escolar, economizar no aluguel da frota de veículos. Na área da saúde, expandimos as equipes do PSF de três para treze, reformamos o Posto de Saúde de Timotinho, realinhamos os investimentos do Setor de Obras Públicas em R$ 900 mil de financiamentos que estavam pendentes. Ainda quitamos 30% das dívidas com fornecedores. Garantimos R$ 2 milhões do PAC para a praça no bairro Novo Tempo, a liberação da quadra coberta no Recanto Verde, orçada em R$ 50 mil e ainda a ciclovia entre os bairros Santa Maria até o Alphaville.

DP
- Quais os maiores gargalos na área da saúde pública e como pretende solucionar o problema?
K - Temos que pagar as contas deixadas pelo governo anterior, que usou verbas carimbadas de convênios com o governo federal para outros fins. Criaram unidades de saúde demais no município sem necessidade. Só para comparar, em Belo Horizonte são 23 unidades de saúde para uma população de 3 milhões de pessoas. Aqui temos 18 unidades e a Prefeitura não dá conta de contratar pessoal para todo esse aparato. Precisamos ainda otimizar os atendimentos da atenção básica. O Pronto Atendimento do bairro Olaria é mantido com recursos próprios, que consomem por mês R$ 780 mil. Esse dinheiro deveria ser revertido nas unidades de saúde, por isso estamos estudando uma forma de o Ministério da Saúde custear essas despesas. Diferente das outras gestões, não vamos promover a gestão compartilhada na unidade do João Otávio. A falta de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes de saúde e de endemias serão resolvidas com a seleção pública que está em andamento. Outra grande conquista é a liberação pelo governo federal da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Primavera. Essa já tem o custeio garantido tanto do Estado como da União.

DP - Qual a prioridade de seu governo para os próximos dois meses?
K – A questão emergencial é o combate à dengue, por isso estamos programando a limpeza nos córregos e ribeirões do município. Temos que lidar com a remoção do asilo Sodalício Tio Questor e o seu alojamento em outro local em função da construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Para a saúde temos a implantação de uma unidade de saúde no bairro Macuco e a inauguração da reforma no Timotinho, que foi feita com recursos próprios. Outra importante ação é a retomada das obras no estádio Iorque José Martins.

Timóteo mantém o equilíbrio entre a produção siderúrgica e o ecoturismo
Timóteo está situada no Leste de Minas Gerais, na região do Vale do Aço. Possui uma área de 144 km², tendo suas terras banhadas pelos rios Piracicaba e Doce. A principal atividade econômica é a siderurgia. Em seu território está instalada a usina da Acesita - Companhia Aços Especiais Itabira.

O município, de 78.240 habitantes, fica a 200 quilômetros de Belo Horizonte. O acesso para quem vem da capital mineira se dá pelas rodovias 262 e 381, ou pela MG 760. São aproximadamente 200 quilômetros.
Timóteo integra a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) junto com Ipatinga, Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso e outras 26 cidades que compõem o Colar Metropolitano da RMVA. Timóteo é uma cidade basicamente urbana, apesar de ter metade de sua área ocupada pelo Parque Estadual do Rio Doce.

A história da cidade se confunde com a da Acesita, maior empresa siderúrgica de aços especiais da América Latina. Em 2004, município e empresa se uniram para comemorar 100 anos de desenvolvimento – 40 anos de emancipação política da cidade e 60 anos de instalação da siderúrgica.

Índices
Timóteo tem hoje um dos menores índices de dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) do País. A cidade ostenta o indice de 0.58, o que representa (em média) que uma criança timotense aos 12 anos terá menos de um dente cariado, perdido ou obturado. Este índice é menor do que o verificado no levantamento feito em 2001 (0.64), e bem abaixo do que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera como ideal o índice de 1.0 para o ano de 2010.

O município também está se preparando para tratar todo o seu esgoto (projeto VIDA – que vai retirar e tratar o esgoto dos córregos e devolver água limpa à natureza) e executar obras nos fundos de vale, através de concurso aberto para todos os arquitetos e empresas do Brasil.

Parque Florestal
Timóteo é o Portal para o Parque Estadual do Rio Doce (PERD) - reserva da biosfera com 36 mil hectares, que tem a maior área contínua preservada de Mata Atlântica do Estado de Minas Gerais. O PERD abriga cerca de 400 espécies de aves, outras dez mil espécies botânicas, além de espécies ameaçadas de extinção como o mono-carvoeiro, a onça-pintada e o macuco.

São 42 lagoas, onde é possível encontrar 17 espécies de peixes. A maior e mais bonita é a Dom Helvécio, com mais de seis quilômetros quadrados e profundidade de mais de 32 metros. O PERD é um dos três maiores sistemas de lagos que ocorrem no Brasil, juntamente com o Pantanal Mato-grossense e o sistema Amazônico.

Fonte: Diário popular mg