A ponte, interditada desde o dia 8 de novembro de 2012, deve receber reformas até o fim deste ano.
Wôlmer Ezequiel
FABRICIANO - Até a próxima quarta-feira (3), a antiga
ponte que interliga Coronel Fabriciano a Timóteo deverá ser liberada ao
tráfego de veículos leves. O parecer foi dado pelo superintendente do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Minas
Gerais, José Maria da Cunha, que retornou ontem ao município,
acompanhado de uma comitiva da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
(ALMG). Após cinco meses de interdição da ponte, o órgão decidiu pela
reforma de sua estrutura, com previsão de início das obras para junho.
No sábado (23), José Maria esteve no Vale do Aço, realizando mais uma
etapa de vistoria para tentar minimizar os danos da interdição por risco
de desabamento da ponte sobre o rio Piracicaba. Questionado sobre a
demora no anúncio de uma solução para o problema existente há 150 dias, o
superintendente ressaltou que “o órgão atuou o tempo todo”. "É uma
ponte de grande porte, que também recebe tráfego pesado sem nenhum
controle de pesagem", justificou.
Após a fresagem - retirada de camadas de asfalto da pista - iniciada no
início da semana, a ponte deverá voltar à normalidade na próxima semana
para o trânsito de veículos leves que, conforme o Dnit, representa 70%
do volume do tráfego pela ligação viária.
Técnicos também trabalham em um anteprojeto para o processo de
licitação de reforma da estrutura da ponte. A expectativa é que o edital
seja lançado até 10 de abril. "O edital está em fase final de
elaboração e uma empresa faz a sondagem para terminarmos o processo da
licitação. Possivelmente, parte do tabuleiro será totalmente demolido e
toda a estrutura será reforçada. A pretensão é que a gente consiga
colocar a ponte em condições de segurança para quaisquer tipos de
veículos até o fim do ano", reiterou o superintendente do Dnit.
José Maria estima que as obras devem ser iniciadas em 60 dias. A
previsão é que um investimento de R$ 7 milhões seja feito na recuperação
da ponte, recursos que, segundo o representante do Dnit, estão
garantidos e integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Além da restauração do equipamento, a passarela de pedestres deverá ser
ampliada.
"Temos que trabalhar dentro do senso de fazer bom uso do dinheiro
público. Uma nova ponte implica em características diferentes. Não
podemos tomar um outro projeto que, inclusive, demanda um custo maior e
um tempo maior ainda e ainda iríamos penalizar o cidadão. Para a
construção de uma nova ponte, teríamos que pleitear recursos novos para
poder executá-la", informou.