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segunda-feira, 25 de março de 2013

Destino da ponte Fabriciano/Timóteo decidido terça-feira



Empresários da avenida Tancredo Neves sinalizam com outra obstrução da ponte nova e também da BR-381 caso solução definitiva não seja apresentada no dia da visita técnica

Janete Araújo

GLÁUCIO AMERICANO, FLÁVIO PENEDO E WARLEY MOURA: sentindo-se prejudicados, empresários espalharam faixas ao longo da avenida Tancredo Neves como forma de protesto
FABRICIANO – Os comerciantes instalados ao longo da Avenida Tancredo Neves, próximo à ponte antiga que liga Coronel Fabriciano a Timóteo, colocaram faixas na frente de seus comércios com reivindicações e manifestações de descontentamento, como forma de mostrar a insatisfação pela demora para solucionar o problema da interdição. Com problemas estruturais identificados, a ponte está fechada desde 8 de novembro e já são 136 dias completados neste domingo (24) ou quase cinco meses. Mesmo os empresários fazendo uma manifestação na ponte nova que liga as duas cidades, obstruindo o trânsito no local, no último dia 2, nenhuma providência foi tomada até o momento. Porém, na próxima terça-feira (26), às 15h, haverá uma visita técnica do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - ao local. Uma vistoria prévia já aconteceu na manhã deste sábado (23) com a presença do superintendente regional do DNIT, José Maria da Cunha e três técnicos do órgão, que estiveram analisando as condições da ponte para adiantar o processo.

José Maria da Cunha e os técnicos estarão novamente no local na terça, desta vez em uma comitiva formada ainda pelos deputados Celinho do Sinttrocel (PCdoB) e Ivair Nogueira (PMDB), da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa -, e Paulo Lamac (PT), da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização. Após visitarem a ponte antiga, eles também passam por alguns pontos comerciais da  avenida Tancredo Neves para falar com empresários que anseiam pela urgência na recuperação da ponte e em seguida concedem entrevista para a imprensa sobre a obra a ser realizada no local.

Muitos prejuízos
Warley Moura Domingos, empresário de locação de imóveis que juntamente com Sadi Lucca, do ramo de churrascaria, vem organizando o movimento pela agilização das obras, calcula que 70% das empresas da avenida que dependem dos usuários do trânsito para manterem seus negócios já estão demitindo funcionários. “Os prejuízos estão se acumulando mês a mês, em mais de 60%, dependendo do tipo de comércio. E muitos falam até em fechar seus comércios se a situação não for resolvida. Estamos em constante contato com o poder público para que possa nos ajudar nessa empreitada. Por isso queremos que algo de definitivo seja apresentado na terça”, salienta.  

Nova manifestação
Gláucio Americano Costa, empresário do ramo de construção civil, acrescenta que alguns comerciantes estão esperançosos quanto a esta reunião, mas diz que se não houver novidades animadoras vai haver outra manifestação com simultânea obstrução na ponte nova e na BR-381, como aconteceu no início deste mês.  

Janete Araújo

Mais de 70% dos comerciantes já demitiram funcionários e os prejuízos passam dos 60%.
Flávio Guimarães Penedo, também do ramo de construção civil, afirma que além dos empresários da avenida Tancredo Neves, que ele calcula que sejam em torno de 150, os comerciantes da Pedro Nolasco, próximo à ponte nova de Fabriciano-Timóteo, também amargam prejuízos, assim como o Distrito Industrial da cidade, que está sendo prejudicado. “Depois das 16h o fluxo de caminhões se torna intenso e clientes de Timóteo não arriscam vir comprar em Fabriciano. Os caminhões que fazem entrega no Distrito também reclamam que o trajeto ficou maior ao passar pelo centro da cidade”, explica.


Ponte Mauá estudada como alternativa de passagem durante tempo de obras


Segundo a prefeita de Coronel Fabriciano, Rosângela Mendes, a obra vai acontecer em Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) e isso foi garantido pelo superintendente regional do DNIT, José Maria da Cunha. Para resolver o problema do tráfego interrompido com a interdição da ponte, existem três propostas que estão sendo analisadas pelo órgão e uma delas deve ser escolhida na terça. Uma delas seria a utilização de uma ponte do exército como alternativa de passagem até a reforma ficar pronta. A outra seria a utilização da ponte Mauá, numa região paralela, como ligação entre Coronel Fabriciano e Timóteo. E a última seria a liberação de meia pista para carro de passeio enquanto a obra estiver acontecendo.
A interdição da ponte velha na BR-381, sobre o rio Piracicaba, se deu depois que técnicos do DNIT fizeram várias vistorias no local e constataram que o equipamento estava com sua fundação abalada.