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sábado, 20 de abril de 2013

Troca de comando na Polícia Civil da região

Medida é recado claro diante do envolvimento de policiais em diversos homicídios, admitido nesta sexta-feira, em Ipatinga, pelo comando no Estado. Mudanças devem abranger também a Polícia Militar

Wellington Pedro/Imprensa MG

Governador Anastasia e o chefe da Polícia Civil, Cylton Brandão da Matta, que esteve em Ipatinga nesta sexta
IPATINGA – Evidências do envolvimento de policiais em diversos homicídios ocorridos no Vale do Aço levaram a Polícia Civil de Minas Gerais a anunciar profundas medidas administrativas na região, nesta sexta-feira (19). “Uma nova polícia. Não admitimos a existência de grupos de extermínio em Minas Gerais, muito menos que a sociedade viva acuada, com medo de quem aqui está para defendê-la”, prometeu o chefe da Polícia Civil em todo Estado, Cylton Brandão da Matta. Para demonstrar o impacto das mudanças, foi anunciado em entrevista coletiva que o subcorregedor Élder Dângelo foi nomeado novo chefe do 12º Departamento, em substituição a José Walter da Mota Matos, que havia assumido em 18 de dezembro, e Irene Franco foi nomeada delegada regional, em substituição a Gilberto Simão de Melo.

Em entrevista coletiva na sede do 12º Departamento de Polícia Civil, no bairro Iguaçu, na tarde desta sexta-feira, Brandão ressalvou, quanto à substituição de Mota Matos e Simão de Melo: “José Walter está com problemas de saúde e o delegado Gilberto não conseguiu implantar as mudanças que pretendia em razão de problemas que estamos enfrentando agora de forma definitiva. Ambos saem com notas de mérito da chefia da Polícia pelos relevantes serviços prestados à sociedade”, elogiou.

LINHA-DURA
Daniel de Cerqueira

Élder Dângelo, que atuava na corregedoria, tem reputação de ser rigoroso quanto a desvios cometidos por policiais
Élder Dângelo, que atuava na corregedoria, tem reputação de ser rigoroso quanto a desvios cometidos por policiais. Sua escolha para orientar os trabalhos da polícia na região foi destacada por Cylton como uma demonstração contundente de que “as raízes” do envolvimento de policiais com assassinatos no Vale do Aço serão investigadas. Por determinação do governador Antonio Anastasia, a Polícia Militar também terá processo semelhante. “Existe uma filosofia de trabalho conjunto e entendemos que são necessárias algumas modificações. O que é certo é que as raízes dos problemas em determinado momento se misturaram”, disse Brandão.

“É óbvio que eu não posso dar muita informação para que as investigações não sejam atrapalhadas, mas a presença de um subcorregedor aqui logicamente é para orientar essas ações no caso correcional, e a nossa atuação será eminentemente administrativa”, pontuou Dângelo.

O 12º Departamento coordena o trabalho de seis delegacias regionais: Ipatinga, João Monlevade, Itabira, Caratinga, Manhuaçu e Ponte Nova. Juntas, essas regionais comandam a Polícia Civil em 97 municípios.

CIDADÃ HONORÁRIA
Cláudio Salvador (www.clickvale.net)

Nascida em Governador Valadares, a delegada Irene Brandão recebeu Título de Cidadania Honorária de Ipatinga em dezembro de 2012
Nascida em Governador Valadares, a delegada Irene Brandão recebeu Título de Cidadania Honorária de Ipatinga em dezembro de 2012. Ela respondeu pelas delegacias de Mulheres e Homicídios. É também professora universitária e casada com o empresário Leonel Guimarães. “É um desafio para mim. Trata-se de um cargo de gestão, antes eu estava na investigação. Assumo em um momento nem tão favorável, atendo a um chamado da polícia à qual eu pertenço e honro há 15 anos. Existem outras mudanças ainda para acontecer, que agora eu vou definir como delegada regional. Sou uma policial exigente comigo mesma e também serei com os policiais civis, mas é lógico que também buscando melhorar as condições para que eles desenvolvam um trabalho melhor”, enfatizou.


Resposta a execuções de jornalistas
pode ser dada “em questão de dias”

Cylton Brandão descartou, por hora, a participação da Polícia Federal nas investigações dos assassinatos dos jornalistas Rodrigo Neto, 38, e Walgney Carvalho, 43, ambos colaboradores do jornal VALE DO AÇO. E deixou transparecer que os trabalhos de elucidação estão avançados, pelo menos com relação a um dos crimes. “Os jornalistas de toda a região do Vale do Aço podem ficar tranquilos. Acredito que até mesmo em questão de dias vocês terão uma resposta à altura do que merecem. Temos absoluta certeza de que damos conta dessa tarefa. Contamos com total apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário. A equipe que está em Ipatinga no momento é a mais qualificada do Estado”, destacou.
Após a coletiva à imprensa, o chefe da Polícia Civil em Minas Gerais esteve reunido com o Comitê Rodrigo Neto. Ele visitou também a nova redação do jornal VALE DO AÇO. O objetivo foi dar maior tranquilidade aos jornalistas quanto à liberdade para o exercício da profissão.
O deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), afirmou ter alertado à polícia que Carvalho vinha sendo ameaçado. Cylton Brandão diz que a Polícia Civil chegou a receber um comunicado sobre as ameaças, porém o fotógrafo foi ouvido e não confirmou os fatos. “Carvalho foi ouvido, disse que não se sentia ameaçado e que não precisava de proteção. Isso está nos autos e assinado por ele”, justificou. A versão mais aceita por muitos observadores dos fatos é que Carvalho teria sido morto por queima de arquivo.



Chefe de investigações fala
sobre andamento de apurações


Na reunião com a equipe de Delegados que apura os crimes em Ipatinga e região, Cylton Brandão acertou medidas imediatas para que o trabalho de investigação entre em novas etapas. Segundo o Chefe do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Wagner Pinto, ainda não é possível apontar se há relação entre os assassinatos de Rodrigo Neto e Walgney Carvalho. “Não podemos descartar qualquer linha de investigação, mas em breve teremos em mãos elementos capazes de nos ajudar nas apurações. Toda a sociedade vai saber do que se trata nos próximos dias", afirmou.
“Os jornalistas e a sociedade podem ter certeza de que daremos repostas contundentes a esses casos. Temos aqui uma equipe especializada que já solucionou inclusive crimes federais, como a chacina de Unaí. Defendemos a liberdade de imprensa, defendemos o livre exercício da profissão. A sociedade e, em particular, as polícias, precisam contar sempre com a imprensa livre e democrática e é para garantir essa condição que em breve teremos novidades”, emendou Cylton Brandão. 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Ipatinga recebe alta cúpula da segurança pública

Em pauta, assassinato de Rodrigo Neto, investigação de crimes ainda não solucionados, RISP e reativação do ‘Olho Vivo’ 

Foto: Seds-MG/Divulgação 

Em agenda semelhante no Triângulo Mineiro, o secretário Rômulo Ferraz anunciou diversos investimentos para o setor
IPATINGA – Município-sede da 12ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP), Ipatinga recebe nesta sexta-feira (5) a alta cúpula da segurança de Minas Gerais. Estarão na cidade o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo de Carvalho Ferraz; o comandante-geral da Polícia Militar, Márcio Martins Sant'ana, e o chefe da Polícia Civil em todo Estado, Cylton Brandão da Matta. Conforme apurou a reportagem do jornal VALE DO AÇO, na agenda da comitiva está prevista uma reunião fechada no período da manhã, na qual serão discutidas questões estratégicas do setor.

O município de Uberaba, no Triângulo Mineiro, foi o primeiro do interior de Minas Gerais a receber a Cúpula da Segurança Pública do Estado em 2013, na quinta-feira (21), para definições de estratégias de combate à criminalidade. Apesar de ser uma agenda habitual, que também ocorre em outras regiões do Estado para discutir as peculiaridades da violência com lideranças locais, em Ipatinga a incursão das autoridades terá caráter simbólico. Há 27 dias foi assassinado brutalmente o jornalista Rodrigo Neto, repórter policial que denunciava diversos crimes não apurados, alguns deles com suspeita de envolvimento de policiais.

A rodada de reuniões nas cidades do interior com a cúpula da Defesa Social vai ocorrer ao longo do ano com representantes das 15 RISPs que não estão na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A intenção é que, além do recebimento das demandas das regiões ao longo do ano, o secretário, chefe da Polícia Civil e comandante da Polícia Militar possam conferir ‘in loco’ as opiniões das lideranças policiais e demais instituições relacionadas ao Sistema de Defesa Social. 

DEMANDAS
O recém-empossado secretário municipal de Segurança e Convivência Cidadã, Coronel Ramalho, adiantou que pretende apresentar às autoridades estaduais proposta de parceria para reativação do programa ‘Olho Vivo’ no município. Outras questões a serem tratadas no encontro serão o enfrentamento à epidemia do crack, além de ações para coibir a violência. Uma prioridade é implantar o quanto antes um Centro de Internação de Adolescentes (CIA).

Emperrado desde maio de 2009, o projeto de construção da sede administrativa da RISP, que uniria, no mesmo local, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros é outro assunto em pauta. A doação do terreno no bairro Novo Cruzeiro foi aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal. Inclusive já haveria uma verba de R$ 8 milhões destinada à obra. Entretanto, passados quase quatro anos, sequer um tijolo foi erguido no local. 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Quadrilha fazia tráfico pesado na ‘Prainha’ - Fabriciano


AKR

Junio Mendes da Silva, Gilson Mendes da Silva, Jenner Mendes Silva, Leandro de Oliveira Castro e Claudiano de Castro foram presos na tarde de terça-feira
FABRICIANO - Foi realizada na terça-feira (26) a “Operação Litoral”, uma ação conjunta entre a Polícia Civil e Militar de Fabriciano contra o tráfico de drogas na região conhecida como Prainha. A poucos metros da Praça da Estação o crack era comercializado a céu aberto, próximo de crianças. O Serviço de Inteligência da 178ª Cia. observou a ação dos traficantes por uma semana, e então executou mandados de busca e apreensão, prendendo cinco pessoas.

A primeira ação da polícia aconteceu por volta das 14h15, na rua José Rodrigues. Após denúncias anônimas e intenso monitoramento, descobriu-se que o tráfico era feito por três irmãos: Junio Mendes da Silva, de 32 anos, apelidado de ‘Baguari’; Gilson Mendes da Silva, 25 anos e conhecido como ‘Sem Cor’, além de Jenner Mendes Silva, 26 anos, vulgo ‘Gugu’.
A polícia descobriu que a droga era guardada nas margens do rio Piracicaba e que a comercialização era feita em um beco, na rua José Rodrigues. Primeiro, o usuário fazia contato no beco. Depois um dos três irmãos descia ao rio para buscar a droga, que estava enterrada, e trazia a quantidade pedida, fazendo a venda. Os três irmãos foram presos em flagrante. Jenner possuía passagem por tráfico de drogas e Gilson Mendes por furto e outros crimes. Já Júnio Mendes tinha um mandado de prisão em aberto devido ao não pagamento de pensão alimentícia. Na operação, Ronaldo Aparecido Andrade, de 36 anos, outro que tinha um mandado de prisão em aberto, também foi preso.

Líderes
Às 16h, a polícia chegou aos dois que são considerados os líderes do tráfico na Prainha, os irmãos Leandro de Oliveira Castro, de 26 anos, e Claudiano de Castro, 28. Eles comercializavam os entorpecentes escondendo-os em locais alternados, visando dificultar as ações policiais. O comércio era sempre feito na rua, na presença de crianças, a alguns metros da Praça da Estação, a principal praça da cidade.
Quando a PM chegou à residência dos irmãos, também na rua José Rodrigues, se deparou com Leandro desembarcando do veículo Honda Fit, de cor prata, placa EBH–5156. Durante a abordagem, foram encontrados dentro do veículo um revólver calibre 38, munições e cocaína, escondidos dentro do painel.
Em outro veículo, o Golf também na cor prata placa LNO–3670, pertencente a Claudiano, foi encontrado outro revólver 38, municiado com cinco cartuchos intactos. No lote onde o carro estava foram apreendidos munições e outros itens.
A busca se estendeu à casa de Leandro, que fica no mesmo lote, onde também foram encontradas armas e munições.

Saldo
AKR

Foram apreendidas 86 pedras de crack, cocaína, armas e vários outros produtos
Ao todo, a “Operação Litoral” apreendeu três revólveres calibre 38, 61 munições calibre 38, 13 munições calibre 36, um cordão dourado com pingente em forma de C, pertencente a Claudiano, nove celulares, duas câmeras, 86 pedras de crack, nove papelotes de cocaína, uma balança de precisão, um frasco de pólvora, 23 vidros de acetona, dez pacotes e 20 maços de cigarro, um notebook, uma TV 40 polegadas, R$ 1.212 em notas, R$ 6.800 em cheques e R$ 100 em moedas, além de uma sacola com embalagens de chup-chup, usadas para embalar o crack. Foram apreendidos também os dois carros, além da moto Yamaha Factor placa HLS–3183 e a Honda 250 Tornado, placa MOX–8567.
AKR

Foram apreendidas 86 pedras de crack, cocaína, armas e vários outros produtos

AKR

Foram apreendidas 86 pedras de crack, cocaína, armas e vários outros produtos
 
 



Caso Rodrigo Neto chega a 20 dias sem respostas

Carta anônima, entregue à redação da TV Leste, aponta nomes de dois suspeitos de envolvimento na execução de repórter.


Viatura da DHPP
Equipe da DHPP passou a tarde de domingo na Delegacia Regional da PC, em Ipatinga
IPATINGA – Há exatos 20 dias, dois homens em uma motocicleta executavam a tiros o repórter Rodrigo Neto. Apesar do anunciado esforço pela chefia da Polícia Civil mineira, que classificou o caso como prioridade absoluta, ainda não há uma resposta conclusiva sobre os autores do assassinato.
Na busca do que comparou à montagem de um quebra-cabeça com milhares de peças, o delegado Emerson Morais, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Belo Horizonte, permanece em Ipatinga coordenando uma equipe de investigadores.
Um número ainda não revelado de pessoas prestou depoimentos. Em pleno domingo (24) foram tomados depoimentos na sede da Delegacia Regional da Polícia Civil, em Ipatinga. A chefia da PC decidiu estabelecer silêncio absoluto em torno das investigações.
Nesta semana, uma carta anônima entregue na sede da TV Leste, no bairro Horto, em Ipatinga, aponta os nomes de dois suspeitos de envolvimento na execução do repórter.
Segundo a notícia levada ao ar pela emissora afiliada da Rede Record, um dos suspeitos é morador do bairro Amaro Lanari, mas está foragido. A carta, manuscrita, afirma que os dois suspeitos mataram o radialista a mando de uma cúpula criminosa que age no Vale do Aço.
A denúncia também afirma que ambos os suspeitos praticam tráfico de drogas e assaltos em uma cidade próxima ao Vale do Aço. Os nomes e as imagens da carta não podem ser divulgados porque o caso ainda está sob investigação e a autenticidade das informações precisa ser confirmada.