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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Fabriciano lança Frente de Enfrentamento ao Crack

Superintendente do Estado defende ações que englobem toda a comunidade do usuário     

Silvia Miranda
DROGAS FABRICIANO
Financiamento público para comunidades terapêuticas é um dos pontos defendidos pelo legislativo
 
FABRICIANO – O Legislativo de Coronel Fabriciano lançou, na tarde dessa quarta-feira (24), a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas. A iniciativa foi implementada durante audiência pública realizada no plenário da Câmara de Vereadores. A frente terá o papel de promover estudos, debates, encaminhar questões e formular ideias administrativas em torno do assunto.
O Superintendente do Centro de Referência Estadual em Álcool e outras Drogas, Amaury Costa Inácio da Silva, disse que, entre as medidas de combate às drogas, o governo do Estado trabalha para que as políticas estaduais cheguem também aos municípios do interior. “Para isso, estamos desenvolvendo ações em um programa chamado Aliança pela Vida, que viabiliza o financiamento do tratamento de dependentes químicos no seu próprio município”, pontua.
Amaury Costa defende a necessidade de analisar a dependência química como uma doença multifatorial. “Então, não dá para pensarmos em uma política para atender apenas o usuário, a política também tem que englobar todo o entorno dela e, principalmente, oferecer uma cobertura e capacitação para a família entender o que é dependência química e aprender a lidar com o usuário”, complementou.
Tratamento
Para tratamentos financiados, o superintendente conta que o governo estadual disponibiliza em torno de 1.500 vagas por mês, divididas em três modalidades. Na modalidade de ambulatório, o dependente é atendido com consultas semanais. Sendo o caso mais grave, é oferecido o tratamento permanência-dia, onde a pessoa passa o dia na instituição, fazendo oficinas terapêuticas, exercícios profissionalizantes e à noite retorna para casa. “Havendo a necessidade de afastamento social, nós temos instituições que fazem a internação e essa providência é custeada integralmente pelo governo, não sendo permitido cobrar nenhum tipo de recurso para a família” completa Amaury Costa.
Segurança
Até à tarde de terça-feira (23), segundo registro do jornal DIÁRIO DO AÇO, a Região Metropolitana do Vale do Aço somava 67 homicídios neste ano, boa parte deles ligados ao tráfico de drogas. O superintendente Amaury Costa garante que o governo do estado, tem feito reuniões constantes com chefes da polícia militar e civil, com o intuito de unir as corporações no planejamento de ações para o combate as ações criminosas, ligadas a drogas. “Isso deve ser feito com o mapeamento de locais de pontos de tráficos, cracolândias, e a partir daí definir diretrizes e posicionamentos para esse combate”, sintetizou.

O vereador Sérgio Antônio Dias (PT) acredita que, para o combate à violência é preciso várias ações, mas no momento, a criação de um Batalhão no município é essencial. “Precisamos de reforço no efetivo policial, para fazer a segurança do município e inibir as ações dos criminosos porque, os crimes estão acontecendo e não há um trabalho de prevenção suficiente”, declarou.
Comunidades
Na opinião do presidente da Câmara, vereador Marcos da Luz (PT) o grande problema da demanda das comunidades terapêuticas é o trabalho feito de forma voluntária e precária. “Então um dos eixos de discussão dessa frente parlamentar é a questão do financiamento público. Não se faz política pública sem recurso e hoje, não há não há financiamento de nenhuma das esferas, nem municipal, estadual ou federal para essas comunidades”, criticou.
Fonte: Diário do Aço