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sábado, 13 de abril de 2013

Escritoras de Ipatinga lançam livro em Portugal



Grão Fotografia

Marília Lacerda e Goretti de Freitas, respectivamente presidente e coordenadora do Clesi, são co-autoras de “O Livro das Aldravias – Nova Forma, Nova Poesia”
As escritoras Goretti de Freitas e Marília Lacerda, respectivamente presidente e coordenadora do Clube dos Escritores de Ipatinga, estão em Portugal para o lançamento do “O Livro das Aldravias – Nova Forma, Nova Poesia”, do qual são co-autoras. 

Trata-se de uma ação conjunta promovida pela ALA - Academia de Letras e Artes (Portugal), SBPA - Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravinistas, ALACIB – Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil e InBrasCI. As escritoras participam de uma programação extensa em Lisboa e Ilha da Madeira desde o dia 06 deste mês. Dentro da programação prevista para o lançamento da coletânea estão marcadas, além do lançamento oficial do livro, conferências e debates sobre o tema do livro.

A organização da coletânea é assinada pelos poetas aldravistas de Mariana, Grabriel Bicalho, Andreia Donadon-Leal, J.B.Donadon-Leal e J.S. Ferreira. Reúne 51 escritores brasileiros, portugueses e franceses e será lançada no Salão Nobre da Sede da Academia Portuguesa Ex-Libris (Lisboa); na Academia Letras e Artes (Cascais) e na Câmara Municipal do Fuchal (Ilha da Madeira).

As escritoras
A pedagoga Goretti Freitas, atual presidente do Clube dos Escritores de Ipatinga, tem em seu currículo a edição do livro infantil e paradidático “Filipe e seus barquinhos”, proposta interativa que possibilita a descoberta das cores e apresenta possibilidades diversas de se trabalhar a interdisciplinaridade de forma criativa por meio de brincadeiras lúdicas e dobraduras, bem como publicação do livro “Contos Interioranos”, lançado em 2008 e “Num instante, um haicai”, vencedor do 8º Concurso Regional para Edição de Livros, editado pelo Clesi em 2008.

Marília Siqueira Lacerda é coordenadora do Clesi desde 1998. É autora de “A Chuva e o Barquinho” e “Belas Bailarinas”, publicações bilíngues, voltadas para o público infantil. O primeiro trata-se de publicação independente, já “Belas Bailarinas” integra os volumes da Série Giro-Lê, editada pelo Clesi. Em seu currículo destacam-se também a publicação dos livros de poesia “Utopia” e “Entre Outonos e Primaveras”, composto por três volumes, além da organização de todas as antologias em prosa e poesia, publicadas pelo Clesi.
A viagem a Portugal das escritoras Goretti Freitas e Marília Lacerda integram as ações do Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural, promovidas pelo Ministério da Cultura, com recursos do Fundo Nacional de Cultura.

O que é Aldravia?
De acordo com Gabriel Bicalho, presidente da Aldrava Letras e Artes, um dos fundadores do Movimento Aldravista, que hoje é reconhecido em vários países, trata-se de um poema sintético, capaz de inverter ideias correntes de que a poesia está num beco sem saída. O poema é constituído numa linométrica de até seis palavras-verso, de forma aleatória, preocupada com a produção de um poema que condense significação com um mínimo de palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que isso signifique extremo esforço para sua elaboração.

ABC das Aldravias
Conforme os poetas aldravistas Garbriel Bicalho, Andreia Donadon Leal, J.B Donadon Leal e J.S. Ferreira, a partir do conceito “poundiano” (Erza Pound) de o máximo de poesia, num mínimo para o de palavras, o poeta aldravista deve observar os seguintes critérios:
•    Iniciar os versos com letras minúsculas. Em caso de nomes próprios, vale opção do autor;
•    A divisão em palavras-versos já implica pausa, por isso, não é recomendada utilização de pontuação;
•    As pontuações de interrogação ou exclamação podem ser utilizadas, se a sintaxe da aldravia, por si só, não denunciar sua proposição;
•    Nomes próprios duplos ( com ou sem ligação por hífen), cuja divisão resulta em outro nome (Di Cavalcanti, Van Gogh), podem ser considerados um único vocábulo;
•    Nomes e formas pronominais ligadas por hífen podem ser considerados vocábulos únicos;
•    Sugerir mais do que tentar escrever todo o conteúdo. Incompletude é provocação aldrávica;
•    Priveligar a metonímia, evitando-se a metáfora.

Fonte: Jornal Vale do aço