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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Força-tarefa cumpre mandado de prisão contra dois policiais civis e um militar

Policiais civis se apresentaram ao DHPP em Belo Horizonte e cabo da PM suspeito de várias mortes está sob custódia em Lavras
 – O cabo da Polícia Militar Victor Emmanuel Miranda de Andrade foi preso no início da noite desta quinta-feira (25), em Lavras. A força tarefa da Polícia Civil que atua em Ipatinga cumpriu mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga. Ontem à noite o policial já se encontrava em custódia no 8º Batalhão de Lavras. A informação foi confirmada à reportagem por militares daquela corporação. De lá ele seria encaminhado para o Batalhão da PM em Belo Horizonte.

O policial é o principal suspeito da morte de Cleidson Mendes do Nascimento, o “Cabeça”, de 26 anos. O rapaz testemunhou contra o militar no inquérito da morte de Ricardo de Souza Garito, assassinado em 22 de abril de 2007, com quatro tiros efetuados por um homem que pilotava uma moto Honda Titan de cor escura.

O caso foi investigado por policiais civis de Belo Horizonte, que não tiveram dúvidas em apontar Victor Emmanuel e outro PM como responsáveis pelo homicídio. O Ministério Público entendeu da mesma forma e denunciou os dois policiais. Durante as investigações deste crime, uma das testemunhas, o “Cabeça”, depôs contra o soldado e acabou sendo morta em 16 de setembro de 2011.

ACUSAÇÕES
Victor Emmanuel foi por diversas vezes apontando como sendo o responsável por crimes de execução que ocorreram em Ipatinga, principalmente nos anos de 2007 e 2008. Os assassinatos tinham como principal característica serem praticados sobre uma moto verde e envolverem o extermínio de pessoas ligadas à criminalidade.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o deputado estadual Durval Ângelo, afirmou que a prisão de Victor é de grande importância para as investigações, uma vez que se trata de um “indivíduo de alta periculosidade”. O parlamentar ainda solicitou a quem tiver mais informações a respeito da participação do militar em crimes que denuncie aos canais de informação disponíveis como o Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, 181, Disque Denúncia Unificado e Disque Direitos Humanos 0800 31 11 19.

POLICIAIS CIVIS
Dois policiais civis de Ipatinga se apresentaram nesta quinta-feira (25), ao delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa. Com isso foram cumpridos mais dois mandados de prisão de policiais civis suspeitos de envolvimento em crimes de homicídio em Ipatinga e outras cidades do Vale do Aço.

A confirmação das prisões foi feita pela assessoria de comunicação da Polícia Civil em Belo Horizonte, que enviou nota sobre as prisões na noite de ontem. Os dois policiais já estão detidos na casa de custódia da Policia Civil, no bairro Horto, na capital mineira, onde cumprirão o mandado de prisão em caráter provisório, para a investigação de suspeitos.
Com essas novas prisões, sobe para cinco o total de mandados cumpridos para investigação de suspeitos de envolvimento nos crimes do Vale do Aço.
Fonte: Diário Popular Mg

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Sindpol pede rigor e equilíbrio na investigação de policiais

Presidente de sindicato destaca que "generalização é injusta" e defende ampla defesa para policiais presos suspeitos de envolvimento com execuções 

Wôlmer Ezequiel
denilson martins
Denilson Martins afirma que o sindicato acompanha de perto as investigações
 
IPATINGA – A prisão temporária de dois policiais civis, além de um médico legista, investigados por suposto envolvimento em crimes praticados na região, motivou a vinda de representantes do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas gerais (Sindpol) a Ipatinga, na tarde de ontem. As prisões são fruto do trabalho de um força-tarefa da Polícia Civil que investiga execuções supostamente feitas por policiais no Vale do Aço, crimes cuja impunidade era denunciada pelo repórter Rodrigo Neto, 38 anos, morto a tiros na madrugada de 8 de março. A PC também investiga a relação da morte de Rodrigo com o assassinato do fotógrafo Walgney Carvalho, 43 anos, em 14 de abril.
O presidente da entidade, Denilson Martins, se reuniu com delegados e posteriormente com dezenas de filiados na sede da 1ª Delegacia da Polícia Civil, em Ipatinga. Denilson Martins explicou que realizou uma inspeção sindical, um ato rotineiro quando há necessidade da presença do sindicato. “O que motivou nossa vinda foram as apurações de homicídios e demais eventos criminosos na região. Que fique bem claro que essas prisões temporárias decretadas pelo Judiciário não estão relacionadas com a morte do repórter Rodrigo Neto e do fotógrafo. Elas estão ligadas a processos antigos que estão em apuração”, declarou Denilson Martins.
O presidente do Sindpol informou que acompanha a investigação sobre os policiais civis e presta apoio às suas famílias. “Zelamos pelo devido processo legal e pela ampla defesa. Trata-se de policiais honestos e trabalhadores, que têm a vida pregressa honesta. Essa arguição pegou a todos nós de surpresa”, pontua.
O dirigente rebateu possíveis generalizações à categoria em função dessa investigação. “Toda forma de generalização é injusta. A maioria esmagadora dos policiais civis sai de casa para dar segurança à sociedade. Esse fato isolado deve ser apurado com o rigor que carece. Faz parte do dia a dia do policial ser questionado, o que não pode é faltar equilíbrio na atuação de quem nos cobra”, destacou.
Denilson Martins falou sobre a expectativa no desfecho da apuração da morte do repórter e do fotógrafo. “Rodrigo Neto é pessoa muito próxima da PC e interessa a todos nós a apuração das causas da sua morte e a do fotógrafo”, sintetizou. Em assembleia dos filiados ontem foi definida a nova diretoria regional do Sindpol. O delegado Alexandro Silveira Caetano assumiu a direção e Elói Carlos Pereira está na diretoria financeira, tendo como suplente Elton Pereira da Costa. Atualmente, a região possui cerca de 120 filiados. No Estado, são 4.800 filiados.
 

Reivindicação pela ampliação de efetivo da PC

 
Em sua visita, Denilson Martins falou sobre a carência de efetivo da Polícia Civil e das ações em prol da melhoria na composição dos quadros. “Trabalhamos com um terço do necessário, o mesmo da década de 1980, e a população, de lá pra cá, quase triplicou”, comparou o dirigente do Sindpol.
Denilson Martins lembrou que, em 2011, a greve deflagrada pela categoria resultou em um concurso público. Estavam previstas 144 vagas e a pressão resultou na chamada de 420 delegados de polícia. Eram previstos 205 escrivães, e já foram chamados 384. Agora, diz o sindicalista, há um compromisso do secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz, de convocar mais 300 servidores.
“Uma seleção vai abrir, ainda, concurso para 1.600 novos investigadores para a polícia judiciária”, anunciou. Outra ação defendida por Denílson Martins é a Nova Lei Orgânica da PC, prevista no Projeto de Lei 23/2012. “Ela amplia o quadro efetivo de 12.250 para 18.500. Estamos pressionando o governo, que tem até 5 de maio para enviar o projeto à Assembleia Legislativa, sob pena de deflagramos greve”, concluiu.
Fonte: Diário do Aço

 

sábado, 20 de abril de 2013

Presos os primeiros policiais suspeitos de crimes na região

Um investigador e um médico legista estão entre os dois primeiros presos temporariamente. Eles são investigados por envolvido em uma das várias execuções. 
Fotos: Wôlmer Ezequiel
Mesa PC
Avanço na apuração de crimes e mudança na equipe da PC foram comunicados em entrevista coletiva
IPATINGA - No começo da noite de ontem, uma nota assinada pela Assessoria de Comunicação da Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a prisão de dois policiais civis suspeitos de envolvimento em execuções em Ipatinga e outras cidades do Vale do Aço. Decretadas pela Justiça, as prisões são em caráter temporário (30 dias) para que os suspeitos possam passar por novas etapas de investigação. A nota, no entanto, não confirma se os policiais detidos são suspeitos de envolvimento com os casos de Rodrigo Neto e Walgney Carvalho.   
Entretanto, fontes ligadas à 1ª Delegacia Regional da Polícia Civil confirmaram  que foram presos temporariamente o investigador José Cassiano Guarda e o médico-legista José Rafael Ferreira, ambos lotados na 1ª DRPC.
Eles foram presos no fim da tarde, em Ipatinga, e encaminhados para a Casa Policial, em Belo Horizonte, unidade onde ficam apreendidos os policiais civis sob investigação. Ainda segundo as mesmas fontes, duas novas prisões poderiam ser decretadas pela Justiça “a qualquer momento”.
Ontem também o Ministério Público do Estado de Minas Gerais tomou a decisão de acompanhar o caso de perto. As investigações serão acompanhadas por um grupo especial do MPMG, conforme portaria pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) designando cinco promotores para acompanhar o caso.
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário, Nívia Mônica da Silva, o promotor Rodrigo Gonçalves Fonte Boa, de Belo Horizonte, Juliana da Silva Pinto, de Coronel Fabriciano, Bruno César Medeiros Jardini, de Ipatinga; e Kepler Cota Cavalcante Silva, de Timóteo, terão acesso as apurações. Porém, não poderão se manifestar fora dos autos, pois os casos correm em segredo de justiça.


Suspeita
Ao passar ontem pelo Vale do Aço, pela primeira vez, o chefe da PC em Minas Gerais, Cylton Brandão, admitiu abertamente a possibilidade de envolvimento de policiais nos assassinatos do radialista Rodrigo Neto (ocorrido em 8 de março) e do fotógrafo Walgney Assis Carvalho (executado a tiros no dia 14 de abril).
Cylton Brandão destacou que a equipe responsável pela apuração dos crimes recentes no Vale do Aço é capaz de “cumprir a tarefa”, por ter profissionais qualificados para tal. Ponderou que algumas apurações dessa natureza apresentam determinada complexidade, embora exista avanço nas investigações. “Com a vinda de Elder D’ângelo e Irene para a Delegacia Regional, além de outras modificações que acontecerão, temos certeza de que as apurações estão aceleradas e chegando às autorias”, declarou.
Sobre a possibilidade de relação entre os casos de Rodrigo Neto e Walgney Carvalho, Cylton disse que não ser possível adiantar se existe tal ligação. No dia do assassinato do fotógrafo Walgney Carvalho, o deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, afirmou que a vítima vinha sendo ameaçada. Cylton Brandão diz que a Polícia Civil chegou a receber um comunicado sobre as ameaças, porém o fotógrafo foi ouvido e não confirmou os fatos. “Carvalho foi ouvido, disse que não se sentia ameaçado e que não precisava de proteção. Isso está nos autos e assinado por ele”, comentou.

Prazo
Sobre a conclusão da apuração dos casos, Cylton Brandão afirmou que não é possível precisar uma data, sob o risco de se cometer um erro. “Podemos ter resposta no próximo minuto, mas as coisas estão acontecendo e vamos ter as respostas no tempo devido. Existem suspeitos. Existe indício de participação de policiais nos crimes. Não admitimos grupo de extermínio; o que existe são questões pontuais, não admitimos grupos de extermínio”, reafirmou.
O novo responsável pelo 12° DPC, Elder D’ângelo, reiterou a fala de Cylton Brandão de que existem indícios da participação de policiais em alguns dos episódios apurados pela Delegacia de Homicídios. “É óbvio que não posso dar detalhes, mas a presença de um subcorregedor é para orientar essas ações no caso correicional, até porque a apuração dos fatos está a cargo da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte e nossa atuação será administrativa e orientadora das ações”, detalhou.
Já Irene Franco, nova delegada da 1ª Delegacia Regional, relatou ter atendido a um chamado da Policia Civil, ao qual pretende responder com um bom trabalho. “Acreditava que o chamado viria um pouco para frente, mas assumo porque nunca fugi à luta. Para o meu lugar (na Delegacia de Homicídios) ainda vou definir as mudanças. Assumi um desafio; o clima não é favorável, é tenso, mas vejo isso com tranquilidade”, concluiu Irene Franco.

Chefia da PC anuncia trocas

Em entrevista à imprensa regional na tarde dessa sexta-feira (19), o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Cylton Brandão, anunciou alterações na Delegacia Regional e no 12° Departamento de Polícia Civil (12° DPC).
Entre as mudanças, a delegada Irene Angélica Franco e Silva Guimarães responde, a partir de agora, pelo comando da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, no lugar de Gilberto Simão, que assumiu o posto em maio de 2012. Outra mudança diz respeito à chefia do 12° DPC: José Walter da Mota será substituído pelo subcorregedor da Polícia Civil, Elder D’ângelo. A troca se deu em razão de problemas de saúde de José Walter. O chefe da PC, Cylton Brandão, disse que as mudanças são administrativas e pretendem demonstrar uma nova Polícia Civil para fazer frente aos problemas da região.
“Queremos dizer de nossa certeza de que essa é a equipe mais qualificada que temos na Polícia Civil. Wagner Pinto é um policial da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, com larga experiência, principalmente em apuração de homicídios. É uma demonstração inequívoca de que chegaremos à autoria de todos os casos que estão afligindo a região”, disse.
O chefe da PC disse, ainda, que as modificações partem da intenção de se ter uma polícia diferenciada na região. Cylton afirmou que “os fatos dizem por si só”, o que sugere modificações profundas para que tudo se resolva de forma definitiva, para a pacificação em Ipatinga e região.
Fonte: Diário do Aço